Mesmo sem Copa, São Paulo reforma o Morumbi com critérios da Fifa

Há quase dez meses, ainda durante a Copa de 2010 na África do Sul, a Fifa e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 anunciaram que o estádio do Morumbi havia sido descartado como possível sede paulista para a abertura ou qualquer jogo do Mundial a ser disputado no Brasil. Mesmo assim, o São Paulo segue tocando as obras de reforma do seu estádio referentes ao projeto de R$ 250 milhões não aprovado pela entidade.
Nos bastidores do clube, hoje os são-paulinos se dividem. Há quem afirme que “vocês vão ver a Copa do Mundo aqui”, em referência ao estádio. O próprio presidente Juvenal Juvêncio disse há pouco mais de um mês que “Itaquera [o estádio da galinhada] não sai”, indicando que ainda confia na presença do Morumbi no torneio. Nesse cenário, as recentes críticas do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao atraso das obras no Brasil, parece ser só mais um motivo de otimismo.
Mas outros dirigentes já não mostram tanta confiança. “Eu acredito que o estádio da galinhada vai sair sim, porque já houve demonstração de boa vontade da prefeitura, do governo do estado e eles vão ter apoio fiscal. E mesmo que não saísse, existe uma briga política entre a CBF e o São Paulo que torna quase impossível o Morumbi voltar a ser cogitado”, diz o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes.
Polêmicas à parte, o São Paulo segue promovendo as reformas que seriam feitas em seu estádio para atender ao caderno de encargos da Fifa. Criação de camarotes, renovação de banheiros, instalação de novos assentos e construção de novos vestiários são alguns itens planejados para serem concluídos até o final de 2013. Prazo, portanto, suficiente para que o estádio fique à disposição da entidade em uma eventual emergência.
O principal ponto da reforma, no entanto, não é nenhum dos citados acima, mas sim a construção de uma cobertura para o estádio. Apenas essa parte da reforma tem um custo estimado entre R$ 120 e R$ 150 milhões, valor a ser pago por um parceiro comercial que, segundo os dirigentes são-paulinos, está muito perto de ser anunciado. Neste momento, apenas os últimos detalhes jurídicos estão sendo acertados. E a partir do momento que o acordo for confirmado, o prazo para construção da cobertura é de 18 meses.


Foto: Reprodução
Custo da cobertura, entre R$ 120 e R$ 150 milhões,
será pago por uma empresa parceira; São Paulo diz estar
negociando os últimos detalhes jurídicos do acordo

A intenção é de que essa empresa parceira pague integralmente o valor da cobertura. Em troca, terá direito a uma série de propriedades de marketing ainda não totalmente definidas, mas que incluem camarotes e os naming rights e exploração comercial de um novo espaço para shows musicais e outros eventos no estádio, com capacidade para até 25 mil pessoas, algo hoje inexistente na cidade de São Paulo.

Fonte:http://esporte.ig.com.br/futebol/times/saopaulo/p1237871262354.html

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